By Soraya Santos

quarta-feira, 21 de março de 2012


Dia Internacional da Síndrome de Down

Hoje comemoramos o Dia Internacional da Síndrome de Down, uma alteração genética produzida pela presença de um cromossomo a mais no par 21. E graças aos avanços da medicina, a data ganha força e vem em boa hora já que a expectativa de vida dos portadores da modificação genética aumentaram, ou seja, de 15 anos de vida, em 1947, para 70 anos. Isso significa que hoje um portador pode ter mais anos de vida junto a sua família, ganharam mais ou menos 55 anos, além dos 15.
De acordo com o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), o número de casos no país supera os 300 mil. Durante todo o dia, o tema foi abordado pelo Congresso. Jornais locais e nacionais, entre eles rádio, TV, internet e outros, fizeram suas abordagens acerca do tema. A Síndrome de Down pode atingir um entre 800 ou 1000 recém-nascidos. Os riscos maiores encontrassem em mulheres acima de 35 anos. O transtorno pode ser detectado nos exames pré-natais e confirmado nas avaliações laboratoriais. Uma página no Yahoo! descreve os 7 mitos mais comuns sobre a Síndrome como forma de disseminar o conhecimento sobre o transtorno e nele encontramos as respostas:
  1. A criança com Down só pode estudar em uma escola especial? Para o geneticista Zan: a família deve colocar o filho em uma escola comum. "Com o incentivo da aceitação dessa criança dentro da sala de aula, tanto ela quanto os colegas crescem acostumados às diferenças e derrubam barreiras de preconceito presentes na sociedade", afirma o profissional. 
  2. Atividades físicas estão proibidas, somente a fisioterapia é liberada? Quem tem Down pode - e deve - praticar exercício físico, mas é preciso passar por uma avaliação médica antes e preferir atividades de baixo impacto. "A alteração genética pode causar problemas no coração, espaçamento da coluna vertebral e redução da força muscular", afirma a educadora física Natália Mônaco, do Instituto Olga Kos, que atende na cidade de São Paulo crianças, jovens e adultos com Síndrome de Down.
  3. A Síndrome de Down bloqueia o amadurecimento? Essa crença já foi defendida por alguns especialistas do passado, mas hoje não passa de um grande mito. Thiago Rodrigues, de 25 anos, serve como prova: é auxiliar administrativo de uma empresa de agronegócio e está em Nova York para divulgar um manual de acessibilidade para pessoas com deficiência intelectual, que escreveu junto com colegas que também possuem Síndrome de Down. "Viajar para fora do país era um dos meus maiores sonhos, mas ainda tenho muitos outros, como voltar a estudar pra fazer faculdade de ciência da computação", afirma o jovem.
  4. Casais com a síndrome não podem ter filhos? O geneticista Zan explica que um casal pode ter filhos mesmo que ambos tenham Síndrome de Down. "A principal diferença é que as chances de o filho também apresentar a alteração genética são maiores: 80% se os dois tiverem Down e 50% se apenas um do casal tiver", diz. Em pessoas que não apresentam a síndrome, a chance de a criança nascer com o cromossomo a mais é de um para cada 700 pessoas.
  5. Quem tem Down precisa sempre de um cuidador 24 horas por dia? A geneticista Fabíola afirma que a pessoa com a síndrome geralmente precisa de algum tipo de supervisão, mas não significa superproteção a todo o momento. "Dependendo do estímulo e das características pessoais, é possível ter uma vida mais independente", conta.
  6. Há diferentes graus de Síndrome de Down? A presença do cromossomo 21 extra é a mesma em todos os casos - não há graus. "A diferença entre uma pessoa e outra está nas oportunidades que cada uma tem de ser estimulada e nas características individuais que possui", comenta o geneticista Zan. É por isso que, como reforça a psicóloga Fabiana, é essencial um estímulo desde a infância. "Depende muito do grau de comprometimento da família para que o portador da síndrome possa enfrentar seus próprios medos e desafios e, dessa forma, levar uma vida normal, cercada de direitos e deveres como qualquer cidadão", comenta.
  7. O cromossomo extra da síndrome vem apenas da mãe? "Nem sempre a cópia extra do cromossomo 21 vem da mãe, pode vir do pai também", afirma a geneticista Fabíola. Mas é verdade que, a partir dos 35 anos de idade da mulher, os riscos de o acidente genético acontecer são cada vez maiores. Zan Mustacchi explica que a mulher tem todos os óvulos formados dentro de si desde quando ainda é bebê, diferente do homem que produz espermatozoides a cada 72 horas desde a puberdade. "Ao longo dos anos, os óvulos também vão envelhecendo, o que pode aumentar o risco de ocorrerem alterações genéticas na formação do feto", diz o geneticista.
Acima, vocês poderão assistir ao vídeo produzido como homenagem ao Dia Internacional da Síndrome de Down. Espero que tenham gostado, entendido e que esteja claro o quanto é importância o apoio, carinho e respeito da família que possui uma pessoa com a Síndrome. Trabalho com atendimento e já tive contato com portadores de Down. Gostaria que soubessem que boa parte são super desinibidos, conversam, são inteligentes, fazem compras, enfim, sabem fazer mais coisas e são mais prestativos que muita gente normal. Portanto, nada de preconceito! Vamos nos juntar e dar um grito de liberdade por mais uma conquista.

Beijão
0 Comentários

Quem sou eu

Minha foto
Virginiana, curiosa, apaixonada por animais (em especial cães e gatos), inquieta, embora pareça ser uma pessoa calma minha mente ferve a cada segundo por informações. Quer saber mais? Leia o meu blog e descubra. Beijão